O Estado Islâmico (EI) reivindicou a responsabilidade pelo assassinato de um cidadão chinês na província de Takhar, no norte do Afeganistão. A informação foi divulgada pelo grupo extremista em uma publicação no canal do Telegram na noite de quarta-feira (22). O ataque, que ocorreu no dia 21 de janeiro, resultou na morte do homem e danos ao veículo que o transportava.
A polícia afegã, em um comunicado, confirmou o assassinato, mas não havia, até o momento, detalhes claros sobre os responsáveis pelo ataque. A investigação preliminar foi iniciada, mas as autoridades locais não conseguiram identificar os autores com precisão, deixando em aberto a possibilidade de envolvimento de outras facções extremistas ou grupos criminosos.
De acordo com a comunicação do Estado Islâmico, o ataque ocorreu quando o veículo que transportava o cidadão chinês foi alvo de um emboscada. O EI afirmou ter atacado o veículo com armas de fogo, resultando na morte do indivíduo e danos materiais no transporte.
A morte de cidadãos estrangeiros no Afeganistão tem se tornado cada vez mais um alvo de preocupação, especialmente com o aumento da violência de grupos extremistas como o Estado Islâmico. Embora a província de Takhar não seja uma das mais afetadas pelos conflitos, o ataque reflete a crescente insegurança em várias regiões do país, que continua a enfrentar uma instabilidade política e social desde a ascensão do Talibã ao poder em 2021.
O governo chinês ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas a China mantém uma presença econômica crescente no Afeganistão, com investimentos significativos em infraestrutura e projetos minerais. Este assassinato levanta questões sobre a segurança de cidadãos estrangeiros no país e pode afetar as relações diplomáticas entre a China e o Afeganistão, especialmente considerando a crescente ameaça representada pelo Estado Islâmico.
O incidente é mais um exemplo da instabilidade que persiste no Afeganistão, onde o Talibã, embora tenha tomado o poder em 2021, enfrenta desafios constantes para controlar os grupos extremistas que continuam a atacar tanto cidadãos afegãos quanto estrangeiros no país.