O setor de energia solar no Brasil experimentou um crescimento expressivo nas fusões e aquisições (M&A) em 2024, com um aumento de 76% no número de transações em comparação ao ano anterior. De acordo com uma pesquisa da Greener, consultoria especializada no segmento, o total de transações chegou a 51 operações, impulsionadas tanto por grandes usinas quanto pela crescente demanda por geração fotovoltaica de pequeno porte.
O levantamento, antecipado à Reuters, mapeou 35 operações que envolveram usinas de energia solar, somando pelo menos 3,6 gigawatts-pico (GWp) de potência. Este crescimento reflete a contínua expansão do mercado solar no Brasil, que se consolidou como um dos maiores e mais dinâmicos da América Latina.
O aumento nas fusões e aquisições é um indicativo do interesse crescente por parte de investidores nacionais e internacionais em aproveitar o potencial do Brasil como um dos principais mercados de energia renovável. As grandes usinas solares continuam sendo o foco principal das transações, mas também se observa uma movimentação crescente no setor de geração fotovoltaica de menor porte, com investimentos em projetos distribuídos, como os de telhados solares e sistemas de geração local.
A pesquisa aponta que o cenário de crescimento das M&A no setor é resultado de uma combinação de fatores, incluindo a estabilidade das políticas públicas de incentivo à energia solar, a redução dos custos com tecnologias fotovoltaicas e o aumento da consciência ambiental dos consumidores e investidores. O Brasil se posiciona como um destino atraente para investidores em energia renovável, com grandes expectativas de expansão até 2030.
A tendência de fusões e aquisições no setor deve continuar nos próximos anos, à medida que a energia solar se torna cada vez mais competitiva em relação a outras fontes de energia, e o Brasil reforça seu compromisso com a transição energética e a sustentabilidade. Com a demanda por energia limpa em alta, a energia solar promete continuar como um dos principais motores de crescimento do setor energético brasileiro.

Fatores que impactam os lucros do setor:
- Crescimento da Capacidade Instalada: O aumento do número de usinas solares e o crescimento do mercado de energia distribuída (como telhados solares) contribuíram para o aumento da geração de energia e, consequentemente, para o aumento da receita das empresas do setor.
- Queda nos Custos de Geração: O custo da energia solar fotovoltaica tem diminuído nos últimos anos, o que ajudou a melhorar as margens de lucro das empresas do setor. A redução nos preços de equipamentos como painéis solares e inversores contribuiu para a diminuição dos custos de operação, beneficiando as empresas com lucros mais elevados.
- Apoio Governamental e Políticas de Incentivo: A continuidade das políticas de incentivo à energia renovável, como linhas de crédito específicas e isenções fiscais, impactaram positivamente o lucro das empresas, além de facilitar o acesso a financiamentos mais acessíveis.
- Aumento da Demanda por Energia Renovável: O aumento da procura por energia solar, tanto de consumidores residenciais quanto comerciais, ajudou a aumentar a receita das empresas geradoras de energia solar. Com um mercado em expansão, o setor tem se beneficiado de contratos de longo prazo e de um modelo de negócios cada vez mais robusto.
Exemplos de empresas e tendências de lucro:
- Enel Green Power Brasil: A Enel, uma das principais players no mercado de energia solar no Brasil, continuou sua expansão no setor em 2024. A empresa, com grandes projetos em andamento, teve lucros crescentes, refletindo o crescimento do mercado e sua presença significativa em usinas solares no país. A Enel Green Power Brasil reportou um lucro líquido de R$ 1,4 bilhão em 2023. Esse crescimento foi impulsionado pela expansão contínua da capacidade instalada de energia renovável, com destaque para os projetos de energia solar e eólica.
- Omega Energia: Outra empresa com grande presença no setor, a Omega Energia também viu um aumento em sua receita em 2024, devido ao aumento da capacidade instalada e à realização de novas aquisições de ativos solares. Em 2023, a Omega Energia reportou um lucro líquido de R$ 1,04 bilhão, um aumento significativo em relação ao ano anterior. Esse crescimento foi impulsionado pela expansão de suas usinas de energia renovável, com novos projetos de energia solar e eólica entrando em operação, além de um desempenho robusto no mercado de energia limpa.
- SolarGrid e outras empresas menores: As empresas que atuam no mercado de geração distribuída e em pequenos projetos fotovoltaicos também se beneficiaram de um mercado em expansão, com lucros ascendentes devido à alta demanda por sistemas solares residenciais e comerciais.
Projeções para os próximos anos:
A expectativa é de que os lucros das empresas geradoras de energia solar no Brasil continuem crescendo nos próximos anos, com a expansão do mercado e a ampliação da capacidade instalada de energia solar. O setor tem se consolidado como uma das fontes mais rentáveis e de maior crescimento dentro do mercado de energia renovável no país.
Por fim, para detalhes mais precisos sobre os lucros de empresas específicas, seria necessário consultar os relatórios financeiros de cada uma das principais companhias do setor ou as análises do mercado feitas por consultorias especializadas, que costumam divulgar esses números de forma mais detalhada ao final de cada ano fiscal.