As companhias aéreas Gol e Azul anunciaram nesta quinta-feira (16) a fusão que resultará em um novo gigante da aviação no Brasil. O acordo prevê que a Azul ficará com 60% das ações da nova empresa, enquanto a Gol, por meio da Abra, sua controladora majoritária, detém 40%. A operação deve consolidar as duas maiores empresas do setor aéreo brasileiro, com o objetivo de fortalecer a aviação nacional.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, avaliou como positiva a eventual fusão, destacando que o mercado de aviação brasileiro não deverá sofrer grandes alterações com a união das duas companhias. Em conversa com jornalistas nesta quinta-feira, Costa Filho afirmou que, embora a fusão represente um movimento importante para o fortalecimento do setor, o governo estará atento a possíveis aumentos abusivos de passagens.
“O papel do governo é garantir que os consumidores não sejam prejudicados por aumentos indevidos de tarifas. A operação, a princípio, não deve modificar a configuração do mercado de aviação no Brasil, mas nós estaremos vigilantes”, declarou o ministro. Ele ressaltou ainda que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) serão responsáveis pela fiscalização da fusão e seus impactos sobre a concorrência.
Costa Filho destacou que a fusão entre Azul e Gol, juntamente com a presença da Avianca no processo, tem o potencial de fortalecer ainda mais a aviação brasileira, ajudando o Brasil a melhorar a conectividade interna e internacional, além de gerar um impacto positivo para a economia nacional.
A fusão das duas empresas promete transformar o cenário da aviação no Brasil, mas ainda dependerá da aprovação de órgãos reguladores para ser concretizada.