
O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu uma investigação sobre as chamadas “emendas de liderança”, após a publicação de uma reportagem pela revista piauí na segunda-feira, 16 de dezembro. A matéria revelou que Arthur Lira, presidente da Câmara, e 17 líderes partidários assumiram a decisão sobre a destinação de verbas públicas, enquanto criavam a aparência de que as comissões responsáveis estavam no controle.
A denúncia provocou a ação dos partidos Psol, Novo e das organizações Transparência Brasil, Transparência Internacional Brasil e Instituto Não Aceito Corrupção, que acionaram o STF para apurar o caso.
Na decisão que autorizou a investigação, o ministro Flávio Dino evitou mencionar diretamente o nome de Arthur Lira ou de outros possíveis envolvidos, mas deixou pistas claras sobre os alvos. Dino compartilhou o link para a reportagem O Sequestrador, da edição de novembro da piauí, que detalha como Lira teria manipulado o chamado “orçamento secreto” em benefício próprio, incluindo a retirada de verbas destinadas a obras de abastecimento de água em um município da Bahia atingido pela seca.
O caso reacende o debate sobre transparência e controle do uso de verbas públicas no Brasil.