O Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, emitiu nesta quinta-feira (21) um mandado de prisão contra Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, e Yoav Gallant, ex-ministro da Defesa israelense, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos durante o conflito em Gaza, iniciado em outubro de 2023. A acusação inclui o uso da fome como método de guerra e atos como assassinato e perseguição contra civis palestinos.
Além dos líderes israelenses, um mandado também foi expedido contra Mohammed Deif, comandante do Hamas, acusado de crimes como extermínio, tortura e violência sexual relacionados aos ataques de 7 de outubro. Israel, que não reconhece a jurisdição do TPI, afirmou que não cumprirá as decisões do tribunal. Contudo, os acusados podem ser presos em qualquer um dos 124 países signatários do Estatuto de Roma, caso entrem em seus territórios.
A decisão do TPI tem grande impacto simbólico, colocando Netanyahu no mesmo nível de outros líderes globais acusados de crimes graves, como Vladimir Putin. A situação também reacende debates sobre a eficácia do tribunal em contextos onde não há cooperação das partes envolvidas.
Fontes: Exame, Jornal GGN, Metro 1.
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